Jonas nas entranhas de um peixe nos ensina algo a respeito de um homem e de seu Deus, e como a vocação deste homem desenrola-se diante de seus olhos.
O problema não está no peixe, nem em Jonas, tampouco é importante analisarmos a historicidade deste relato bíblico. Será realmente tão difícil conceber a viagem de Jonas no interior do "peixe" até nínive, e a viagem de Niel Armstrong no interior de uma sucata até a lua?
O que eu quero dizer é que não importa se as imagens de vídeo da primeira expedição para a Lua eram duvidosas e que sempre houve a possibilidade de fraude motivada pela guerra fria e a corrida aeroespacial. Não importa se Moby Dick é baseado em fatos reais ou se na faringe de uma baleia jubarte cabem tantas pessoas quanto em um Boing 737. Alguns detalhes da história não podem falar mais alto que a verdadeira e mais profunda lição.
No escuro, solitário, úmido e fétido peixe, aconteceu um reencontro que mudaria o destino de Jonas e de toda uma cidade. A rendição total vem do reconhecimento da dependência de Deus, uma vida sem significado é aquela na qual vivemos sem conhecermos a nossa vocação. A vocação de Jonas era de profeta e seu destino era a soberana vontade de Deus.
O próprio Jesus referiu-se a Jonas como exemplo de sinal de fé (Mt 16:4). O Kerigma proclamado no Evangelho deveria ser o único sinal suficiente para o reconhecimento da condição de pecador e da necessidade de arrependimento e conversão do ser humano.
Estar nas entranhas do peixe é a experiência mais absurda e extraordinária, tal qual é a experiência de estar nas mãos de Deus, abraçar a nossa condição de servo e realizar a nossa verdadeira vocação de vida.
Soli Deo Gloria
Leonardo Nogueira Leite
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